setembro 30, 2008

Algo Acontece

Véi... tem alguma coisa acontecendo aqui.

esse blog tava pseudo-abandonado. Não sei se vocês sabem, mas existe um contador de visitas aqui, ta ali embaixo dos videos do Mortal Kombat. É, até aí nada demais, mas da ultima vez que eu olhei aqui, acho que uns 2 meses atras, tinham por volta de 300 visualizações. Agora tem mais de 900 (!!!). Que porra é essa? tem alguem divulgando isso aqui?

Não sei pra vocês, mas pra mim esse número não deixa de ser surpreendente, afinal eu não faço nenhuma espécie de propaganda. Tenho que meditar sobre isso.

Aliás. Um beijo e um abraço pra Sueli. Uma pessoa que eu não conheço, mas que fez um comentário no texto abaixo e foi o motivo de eu voltar a olhar esse blog.

Bora ver o que acontece agora. Ou não.

Falou

Ps: Desculpem a falta de piadas. Meu cérebro tá doendo.

fevereiro 24, 2008

Dicionário do Paraense

Antes de qualquer coisa, olá 2008. como todo bom brasileiro o ano novo só começa depois do carnaval. Então vamos ao primeiro post depois do ultimo.

Pará, Belém. Quantas vezes já não ouvimos alguém chamando-a de terra morena. Eu gosto de morenas. Na verdade, prefiro as morenas. Hum, melhor voltar ao assunto. Vivemos numa terra faceira, marota, peculiar e pq não, malandra. O paraense foi geneticamente programado pra ser engraçado. Basta um passeio pela cidade que vc já ouve uma piada de bate pronto, nem precisa andar muito, sem eira, nem beira. Relato a seguir uma conversa que presenciei num “Marex-Veropa”.

Senhor gordinho: e rapa, encheram de porrada um cara ontem lá perto de casa.
Cara com a camisa do Flamengo: de rocha véi?
Senhor gordinho: ô !!
Flamenguista: e qual foi a onda?
Senhor gordinho: o cara tava roubando eu acho.
Flamenguista: O que?
Senhor gordinho: sei lá... farinha!!
Flamenguista: e rapa, eu como 2 kg de farinha brincando!!

Simplesmente sensacional como um assunto aparentemente cotidiano de um belenense pode ser abordado de maneira sem igual e o que é melhor, despretensiosamente. E assim que atos normais e triviais transformam-se, sem preocupação e/ou utilização de auto-promoção, em um dia engraçado. Com caboquices e cacoetes.

Entre esses atos, destaca-se o vocabulário unicamente paraense. Que pode se tornar um entrave pra quem vem de fora, e até mesmo pra alguns daqui tbm. Não consigo não rir ao ouvir algumas dessas palavras. Que os jogos comecem.

Vamos entender o que o paraense fala:

ÉGUA: vírgula do paraense, usada entre mil de mil frases ditas, e com essa expressão, ele não tem a menor chance de errar nas concordâncias.
PAID’ÉGUA – é um adjetivo positivo. O elogio máximo que um paraense pode dar. A palavra mais divulgada fora do estado, como se fosse o tchê do gaúcho ou o uái do mineiro.
LEVOU O FARELO! - se deu mal!
PITIÚ - cheiro característico de peixe, vc consegue senti-lo com maior intensidade no VER-O-PESO, cheiro de ovo também é pitiú. É tbm um ótimo apelido pra sacaneação na hora do intervalo.
DE ROCHA – frase de vários significados, depende da ocasião em que é usada. Pode significar uma concordância com algo ou usada numa pergunta para reforçar algo que foi dito (question tag).
PIOR – termo utilizado quando se concorda ou aceita uma frase dita por outra pessoa.
SÓ-TE-DIGO-VAI! - expressão usada pelas Mães pra chamar a atenção dos filhos maluvidos, quando não as obedecem.
"HUM HUM...SÓ SE CESSE!" - ahhhh tá bom, com certeza!
TE ACOCA - te abaixa.
MUITO PALHA! - muito ruim!
TUÍRA - pó da pele de quem não toma banho direito!
MAIS-COMO-ENTÃO? - "me explique por favor!"
BORA LOGO! - se apresse!
BORIMBORA! - vamos embora
MAS QUANDO! - "você está mentindo!".
EU CHOOORO! - significa " não tô nem aí pra tí!, te vira!, dá teu jeito!".
OLHA, QUE O PAU TE ACHA! - toma cuidado!.
MANO (A) - amigo. Isso ele diz pra todo mundo... até pro cara que acabou de conhecer por um acaso, num bar, numa parada de ônibus.
ERAS DE TI MANINHO! - Como vc conseguiu isso ou fazer isso, amiguinho? É uma frase interrogativa, porém entoa-se meio exclamativa.
QUE SÓ – muito; bastante.


Contribuição: José Stélio, vulgo Miro (ajudante do Wandré).
Foto: Danillo Francisco. Médico, fotógrafo e bom vivant.