dezembro 19, 2007

Indagaçoes Pertinentes.. Férias.. Natal.. Estrogonofe

Alguns de vcs devem ter percebido que eu to, digamos assim, menos “esperto”. Tudo tem uma causa, mas as indagações que farei a seguir tem embasamento. Pelo menos fiquem com isso no subconsciente... Meus caros.

Esse mês todos ouviram falar do abalo sísmico que “supostamente” houve em Belém. Foi o maior bafafá... Só no jornal liberal passaram quatro matérias... Mas alguém sentiu alguma coisa? Eu não... Alias no momento do berecuteco eu estava dormindo. Informação desnecessária que não acrescenta em nada. Continuando... a explicação que me deram foi que o tremor só pode ser sentido em prédios altos e em terrenos instáveis. Ou seja. Os ricos que moram na doca... Mas rapaz, incrível que em Belém as coisas sempre estão muito bem divididas. Até os terremotos aqui é coisa chique... Por isso que eu piso na grama do hangar mesmo, e dane-se... Ah sim, há quem diga que isso foi obra da Cobra Grande ou Boiúna (hihihi), o pessoal de Cametá que o diga. Não preciso explicar a lenda né? Pelo amor de Deus... A cabeça fica na Sé e o rabo na Basílica. Se a cobra acordar... Farelo. Mergulharemos na baía. Dizem que foi essa maldita cobra se mexendo. Houve outro terremoto em Belém, por volta de 1977, esse sim um terremoto de verdade, casas trincadas, copos quebrados, mulheres gritando, relatos do meu pai. Coincidência ou não, se passaram exactos 30 anos. Medo? Se tremer de novo em 2037, ai sim...

Acabo de perceber que uso muitas reticências... oh!

Agora vou falar um pouco sobre o natal. Rapaz, eu adoro essa época. As pessoas tentam ser melhores pessoas, ajudando o próximo, dando conselhos e sorrindo. A falsidade é uma coisa muito bonita. Sem falar nas promoções. Não é a toa que é natal, oras. A melhor época pra dar presentes. Quando eu era muleque, mal esperava essa época pra ganhar o meu DI Joe, um cavaleiro dos zodíaco de ouro, ou ate mesmo quem sabe um Nintendo 64 com Mario Kart. Sim, esses presentes marcaram minha infância, era diversão na certa, sem qualquer conotação homossexual. Hoje não tenho mais expectativas nenhuma. O melhor que eu posso ganhar é um tênis ou uma camisa enjoada. Realmente admito, já gostei mais do natal, mas ainda é minha época favorita no ano. Principalmente por causa da broca. Muita comida de graça anualmente (de ano em ano). Contudo, bacana mesmo é ser criança nessa época. Eu por exemplo virava praticamente um retardado na espera do presente. Essa ansiedade aplicada num adulto pode até matar, acredite. E não me venham com aquela historia de capitalismo e consumismo. Vão dizer que vcs nunca quiseram que o dia 24 chegasse logo? E rasgar aqueles embrulhos. Bons tempos. Soh espero que isso não se torne em apenas mais um dia.

Em tempo, Deus abençoe as ajudantes de papai noel gostosas do shopping.

Que vcs tenham um natal feliz, meus amigos, depois a gente pensa no resto.

setembro 13, 2007

OVNI em Mosqueiro

26 de julho de 2007, quinta-feira, Mosqueiro. O famigerado dia. Estava eu na casa de meu tio em mosqueiro, na rua Cel. "alguma coisa" entre a 4ª e a 5ª (é perto da Vila), como faço todos os anos. Não vou falar aqui das maluquices que vi por lá e nem das catirobas tradicionais. O sobrenatural é o assunto de hoje.

Eu estava na sala, assistindo às competições de belas mulheres de maiô e sem calcinha na ginástica rítmica. Quando meu pai me chama, chego lá e ele aponta pro céu sem dizer nenhuma palavra. Eu olho e noto uma luz alaranjada que se move lentamente. Pensei “é um balão, ora bolas”. Mas aquilo me intrigou. Olhando melhor. A luz estava alta demais pra ser um balão, estava entre as nuvens. E movimentava-se devagar demais pra aquela altura. Falando em movimentos, o objeto tbm se movia em zigue-zague (pra lá e pra cá, pros leigos) tanto de um lado pro outro quanto de cima pra baixo. Curioso não???

Imediatamente passou pela minha cabeça a historia do chupa-chupa (e uma musica da Xuxa), não seus pervertidos, pra quem não sabe chupa-chupa foi um caso que ficou famoso no Brasil e no mundo inteiro na década de 70, conhecido como caso Roswell Brasileiro. Ocorreu em Colares, uma ilha próxima de Belém e mais ainda de Mosqueiro, onde os moradores eram atacados por ovnis, feridos e diziam que o sangue deles era sugado (por isso chupa-chupa). Isso rendeu uma operação secreta do exercito, intrigas, conspirações e mortes suspeitas. Enfim, tudo isso e o que eu vi no Linha Direta se passou pela minha cabeça em questão de segundos, tudo regado a trilha sonora de Lua de Cristal.

Voltando ao assunto. Minha prima, astuta como sempre, pegou o celular e filmou o objeto, não dá pra perceber direito também porque a luz se movia muito lentamente. Muitos de vocês não vão acreditar em mim, mas eu sei que eu vi, e toda rua tbm, e provavelmente metade de mosqueiro. Então, meus amigos, fiquem de olhos abertos. A verdade está lá fora.

Infelizmente, até o dia dessa postagem, minha prima não me enviou o video do celular dela. existe outro video de 7 segundos feito por mim no celular do meu pai, mas como eu nao tenho como passar o video pro pc pela falta de um cabo, uma ajuda seria bem vinda.

Enfim, a foto abaixo foi tirada na cidade de Phoenix, no Arizona, numa apariçao que apareceu por la (sim, estou sendo redundante), mas foi mais ou menos isso que eu e toda a rua vimos.

Tirem as crianças da sala. Espero ter conseguido assustar alguma garota.

setembro 01, 2007

Coisas Que Eu Não Entendo


As vezes eu queria poder falar com Deus, Jeová, Alá, Athena, sei lá, alguém que me explicasse algumas coisas.
Primeiro os jogos de voleiball. Ora porra. Assistindo ao Pan, no jogo Brasil X México. Percebi que os árbitros frescaram porque os dois times estavam com short verde. E eu me pergunto, pra que??? Se os dois times vão ficar um em cada lado da quadra, não existe impedimento, nem falta nesta porcaria de esporte. Por isso que não faz sentido em minha cabeça. Alias, ninguém tira da minha cabeça também que vôlei é esporte de moças!!!
Outra coisa que eu não entendo. Os adolescentes contemporâneos, eles são no mínimo lunáticos. Principalmente quando se trata de fotografias. Pra que colocar a língua pra fora hein? E outra. Por que tirar fotos no banheiro do shopping??? Isso é mania, notadamente no orkut. E eu não sei explicar tal coisa.
Bem, os bancos. Esses que guardam nosso dinheiro e roubam pra cacete. Eles têm uma taxa, vejam só vcs, pra cheques sem fundo!!! Mas como, se a conta é sem fundo, oras.
Coisas da natureza também me intrigam. Como por que o açúcar escurece a tonalidade do açaí? E o pior, o sal light. Como é que conseguiram fazer um sal light? (será que ele tem pouco açúcar?).

Com certeza existem outras coisas, mas a minha falta de criatividade recente me impede de escrever mais. E se alguém tiver respostas pra qualquer uma destas, faça o favor.

E pra terminar, uma dica: quando vocês tiverem 6 anos, não joguem as Barbies de suas amigas em baixo do ônibus, uma das donas das bonecas pode crescer, ficar gostosa, ainda guardar mágoas, e nem olhar pra tua cara.

agosto 20, 2007

L.U.S.T. (13)

Hoje mais um estonteante, instigante e meliante capíluto de L.U.S.T., agora pratrocinado por Ordem Rude Productions LTDA.

Frase do dia: Não esquente a piriquita com pau fino.


L.U.S.T.

Nícolas Dias


Capítulo 13


Se você passa uma noite preso, não recomendo que você durma. Se dormir na prisão você vira mulherzinha. Eu ainda tive sorte ter sido preso com pessoas que eu conheço. Peraí, eu não to falando que ser violentado por pessoas que eu conheço é bom. Estou dizendo que eu tive sorte que de os caras que estavam na cela comigo não queriam me fazer de boneca inflável, mas apenas de saco de pancadas.

Eu só tive que passar a noite na delegacia por que o policial só teve a brilhante idéia de me ouvir e olhar na minha mochila pra ver que eu não tinha nem um narcótico e muito menos dinheiro. Sem os quais é impossível fazer comércio de entorpecentes.

Quando me levaram eu fiquei mais agoniado por que não sabia quanto tempo ficaria lá. Eu tinha que voltar ao trabalho e tinha que falar com a Melissa. A única preocupação que sumiu foi a de pagar as contas. Só o telefone e a luz somavam 1.111 Reais. Um atrás do outro, o número da suruba gay.

Meus colegas estavam pretendendo me encher de porrada há um bom tempo, mas não foi dessa vez. Bom, eu só escapei de ser surrado pelos meus colegas por que tinha outro colega meu que estava merecendo mais ainda uma surra: o doido que deixou o segurança abrir a mochila cheia de ecstsy.

Os caras começaram a vir pra cima de mim com aquele velho papo de me espancar.

- Agora é a hora de tu apanhar! – um deles diz.

- Se ele não tivesse gritado como uma menina, e chamado a atenção do guarda, agente não taria aqui! – diz o cara que apertou meu ombro, que é o mesmo que deixou o guarda abrir a mochila.

- Peraí, gente! Mas foi tudo culpa dele! – eu digo apontado pro cara da mochila.

E os outros olham pra ele dizendo “é mermo, foi ele!”. Se ele não tivesse se apurrinhado e gritado quando eu falei isso os doidos não teriam ido cima do cara, e se ele não tivesse empurrado os caras, eles não teriam enchido ele de porrada. Ainda me deu vontade de dar uns chutes na costela dele quando ele caísse no chão e de cair em cima dele com o cotovelo quando ele perde a consciência, mas eu preferi ficar quieto já que, por qualquer coisa, eu poderia ser o próximo.

Fora a aparição de uns repórteres do Metendo Bronca pra interrogar um rapaz que negava ter matado a namorada, dizendo que ela tinha cometido suicídio dando em si dezessete facadas, sendo quinze no peito e duas nas costas, e que ela tinha forçado ele a vestir roupas de mulher antes do suicídio, o que explicaria a forma como ele estava trajado; a minha estadia na delegacia foi normal, pra uma estadia em uma delegacia.

Sem falar na dificuldade de fazer as necessidades fisiológicas, cagar.

Quando se é preso você tem direito a uma ligação. Isso é bom quando se tem uma agenda, um celular com agenda, ou alguma coisa assim, ou quando você sabe o número de alguém que pode te ajudar. Mas o único número que eu sei é o de lá de casa, e infelizmente a única pessoa que eu posso falar lá em casa é o Rodolfo. Mesmo assim é melhor que nada.

Eu disse que queria dar um telefonema, e os outros logo se teleguiaram.

Um dos policias que estavam na delegacia era todo certinho e resolveu chamar a gente em ordem alfabética pra telefonar. Se não fosse ele ninguém ia telefonar.

Ele chamou primeiro o cara que tava desmaiado. Se chamava Alejandro. Ele saiu mancando.

Quando ele voltou era a minha vez. O policial abre a cela e diz pra eu ir. Enquanto estou saindo o Alejandro vai entrando e me fala baixo como se fosse pelo menos um pouco ameaçador.

- Vai ligar pra mamãe, é? – coisa que ele deve ter feito.

Não é legal mexer com a mãe de quem não tem mãe.

Esses moleques só precisam falar com seus pais ricos e pedirem ajuda que eles mandam os advogados e essas coisas. Pra tudo se dá uma merda de jeitinho brasileiro pra quem tem dinheiro. Sou mais o jeitinho iraqueano, de mandar as pessoas se explodirem. E o bom de lá é que elas obedecem.

Eu pego o telefone e disco o número de casa. Os dois policiais ficam me reparando, um olhando torto e o outro esperando pacientemente.

Quando eu termino de discar, o telefone dá sinal de ocupado. O Rodolfo deve estar de novo na internet, vendo sacanagem no orkut, como eu falei pra ele fazer, pra não pegar vírus.

Pois é, esse direito de ligação só é útil quando se sabe o telefone de alguém ou se anotou numa agenda, celular ou... na mão.

Então eu me lembro que antes de sair da Unama eu peguei o telefone da melissa e anotei na mão. Se tivesse anotado nos papeis que eu tinha, o número estaria dentro da mochila junto das provas do crime que eu não cometi.

O telefone ta meio apagado por causa do suor, mas é melhor do que ligar pro Pop Pizza. Malditos comerciais com musiquinhas que não saem da cabeça.

Eu ligo pra casa dela, o telefone chama algumas vezes, e quem atende é a Katerine. Ela não pode saber que eu é que estou ligando, se não ela pode falar mal de mim pra Melissa. Não é que eu tenha desistido da Katerine, mas eu não quero perder a chance de pegar a irmã dela.

Digo disfarçando a voz que eu gostaria de falar com a Melissa. Se o telefone daqui não estivesse uma bosta, ela ainda poderia ter reconhecido minha voz.

Ela grita ao telefone chamando a Melissa e quase me deixa surdo do lado direito.

Melissa atende e, quando eu respondo, ela fala o meu nome.

- Davi! – se a Katerine ouviu isso ela deve ter ficado mordida.

Ela pergunta se eu não ia ligar pra ela amanhã.

Eu digo, sem querer parecer desesperado, que eu preferi ligar hoje mesmo. Digo também que não posso demorar muito por que estou meio ocupado. Se ela achar que eu parei de fazer algo importante pra ligar é lucro pra mim, eu acho. Até por que ela não vai saber que a única coisa que eu poderia ter parado de fazer aqui era de ser moído no soco.

Ela pergunta se a gente vai sair amanhã.

Mesmo duvidando que eu estivesse andando livremente no dia seguinte, eu digo que é.

Ela pergunta pra onde a gente iria.

Mesmo duvidando que eu saísse tão cedo daqui, eu acho melhor eu decidir pra onde ir, pra que não acontecesse como aconteceu com a Katerine. Mas antes que eu diga alguma coisa ela fala pra gente ir ao shopping.

Ela pergunta pra qual shopping a gente iria.

Mesmo duvidando que eu não estivesse aleijado no dia seguinte, já que eu ia passar a noite inteira preso com meus colegas e um assassino pervertido, eu acho...

Ela diz pra irmos pro Iguatemi.

Ta bom. Lá é grande, e é claro, tem bebedouros pra beber água de graça.

- Ta bom, então ta marcado – ela diz. – Agora eu tenho que ir. Tchau!

No telefone a gente nem mostra a cara, mas eu sorrio só com o lado direito do rosto.

Eu digo tchau.

A ligação que eu deveria ter usado pra chamar um advogado eu uso pra marcar um encontro que talvez eu não possa ir.

Alguns dos meus colegas saíram de lá no mesmo dia. Outros desses otários também têm famílias que nem ligam para eles. Se bem que eu acho que os pais deles só os tiraram de lá pra não queimar o nome da família.

Eu só passei a noite lá por causa da incompetência dos policiais. Nós só fomos oficialmente detidos no início da noite, e eles só foram dar uma olhada nas provas no outro dia.

Eu dizia que era inocente, que tinha sido um engano, que eu tinha que voltar pro trabalho, mas só por que os lesos ficavam com frescura dizendo que iam mandar processar todo mundo, pois não deveriam estar presos, o policial respondia pra mim com algumas pornofonias.

Lá estavam um policial escroto e outro certinho. Como sempre. Mel Gibson e Danny Glover. O almofadinha estava furioso por que sempre sumiam coisas da gaveta dele. A coisa se repetiu tantas vezes que ele fez questão de prestar queixa sobre os furtos que aconteciam dentro da própria delegacia. Ele disse que se não devolvessem aqueles brigadeiros ele ia fazer justiça com as próprias mãos.

Eu preferi não dormir, pois minha integridade física poderia ser violada de várias formas ao menor cochilo, principalmente pelo cara vestido de mulher.

Talvez eu nem conseguisse dormir com dor nas costas por causa da minha coluna torta.

Até o amanhecer eu fiquei encarando todo mundo na cela. Os meus dois colegas que continuaram presos ficavam encarando, com os olhos arregalados, o cara de vestido. O cara ficava me encarando com uma cara estranha não sei por quê. E eu, pra não olhar pra ele, ficava encarando os meus colegas. E eles de vez em quando olhavam pra mim e levantavam o queixo, fazendo o sinal universal do “O que é que tu ta olhando?”.

Por volta das cinco da manhã, o Almofadinha está quase pra pegar um durex e pregar uma ponta na pálpebra e a outra na nuca. Quando ele pega no sono, o Escroto se levanta de onde estava, vai até a mesa, dá uma olhada na gaveta do Almofadinha, e depois vai olhar as provas.

Ele pega a faca que o doido usou pra suicidar a namorada, e depois mexe nas mochilas. Elas estão todas lá. Quando ele abre a minha mochila, o Almofadinha acorda.

O Almofadinha pergunta o que ele está fazendo. E depois responde a própria pergunta dizendo, tu ta mexendo nas provas, desgraçado.

O Escroto diz que ele só estava verificando.

- Verificando? Foi bem tu que mexeu na minha gaveta, né? – disse o Almofadinha. – deixa eu ver se não ta faltando nada no meio das provas.

Ele vai e olha na mochila.

- Cadê a droga daqui?

E o outro diz que não tirou nada da mochila.

O Almofadinha pergunta cadê, então.

Eu digo, era isso que eu tava tentando dizer desde ontem, eu não tenho nada a ver com isso, me pegaram de laranja, eu.

Esse último “eu” saiu sem querer.

O Escroto diz, rapah, esse é o comprador, por isso não tem nada na mochila.

E o Almofadinha pergunta, onde é que ta o dinheiro então.

Eu digo que eu já falei que foi um engano.

O Escroto olha pro Almofadinha e diz, ei, olha onde o moleque estuda, ele tem grana, mesmo ele podendo ser culpado, é melhor a gente soltar ele.

Deus abençoe o preconceito.

O Almofadinha concorda.

Eles me soltam e devolvem minha mochila.

Eu poderia até mandar soltarem os meus colegas, do jeito que os policiais queriam evitar problemas, mas eu acho que eles merecem ficar lá mesmo.

Eu saio na rua de madrugada, na hora que os primeiros ônibus estão saindo. Quase na hora de eu ir pro trabalho. Nessa hora eu já começo a me preocupar em não perder meu emprego pra poder pagar minhas contas.

Com certeza eu vou ser chamado a atenção no trabalho. Ainda mais por que eles estão cortando gastos, pra fazer algumas mudanças. O filho do dono quer fazer umas mudanças lá, ele assumiu a gerência por que o pai dele ficou doente depois de comer alguma coisa estragada ou algo assim. (Ver capítulo 10)

Os vendedores de bombons não entram no ônibus a essa hora, mas eu viajo de graça pra variar.

Algumas pessoas compram bombons. Alguns que estão saindo de casa pro trabalho e se esqueceram de escovar os dentes, e alguns que estão voltando pra casa depois de comer a mulher de alguém.

As pessoas me desprezam, não por que eu fui prezo, mesmo que só por uma noite, mas por que eu estou com os olhos vermelhos como os de um birrado e estou mal vestido. Se eu pedisse um emprego agora ninguém me daria, não porque fui preso, mas por que estou vendendo bombons.

Vou pra casa só tomar um banho de gato pra ir pra panificadora. Chegando lá, quando vou colocar minha mochila na mesinha da sala como eu sempre faço, a mochila cai no chão. É aí que eu percebo que o quitinete mobiliado que eu alugo não está mais tão mobiliado assim. Os móveis que não eram meus não estão mais lá.

- Rodolfo, onde ta a mesa daqui? A poltrona? E... cadê a minha cama?!

- Não te preocupa o colchão ainda ta aí. – ele diz como se tivesse resolvido tudo.

- Como assim? O que foi que aconteceu, cara?

Ele diz pra eu não me preocupar que ele ia recuperar os móveis. Diz que estava fazendo negócio com os caras lá da Unama, que já tinha dado o dinheiro pra um deles, que foi buscar a parada com os outros lá fora. E diz que quando eles voltaram, ele me viu lá com eles.

- E vocês foram pegos – ele continuou. – Eu tinha que levar a parada pra um cara pra pagar um favor que eu tava devendo pra ele – nunca fique devendo favores a ninguém. – como não tinha o produto eu tive que dar dinheiro. Mas eu não tinha dinheiro, aí eu tive que vender algumas coisas.


Continua...

agosto 15, 2007

A Fina Arte de Esperar na Parada de Ônibus

Todo mundo que se preze, do mais nobre morador do Julia Seffer até o mais absoluto almofadinha da sociedade, pelo menos uma vez na vida, se viu esperando um bonde numa parada. Mas não pense nisso como uma coisa ruim, meu caro leitor, é simplesmente algo que acontece, é inevitável, assim como a morte e as novelas mexicanas.

E é justamente neste ponto que queremos ajudá-los, meus amigos. Esta arte milenar, as vezes requer uma malícia, uma malandragem, para que você passe ileso por essa experiência estapafúrdia. E não fique com cara de idiota perante os outros freqüentadores de parada de ônibus. Sem mais delongas. Que os jogos comecem!

Naturalmente, não conta aquelas vezes em que você chega na parada e por milagre, o bonde que você ta esperando passa logo depois, como que por um plano divino. Eliminem essa hipótese. Estamos falando aqui daqueles dias que você tem que chegar na aula cedo, ou o cinema vai começar em 10 minutos e tu tem que pegar o Marambaia-ver-o-peso, ou pior, você precisa chegar em casa urgentemente por um motivo de ordem natural (arriar um barroso). Sim, todos sabem do que eu estou falando. Quem nunca ficou 45 minutos na frente do Castanheira esperando o Marituba-São-Bras ou na Estação das docas esperando o Canudos-Pre.Vargas???

E é ai que o treinamento passado praticamente por instinto vem à tona. Comecemos pelo trivial. Imaginem vocês na parada meio dia e ta aquele sol filhodaputamente quente e estrategicamente direcionado torrando as tuas costas (evitem usar camisetas). Paradas de ônibus geralmente não tem árvores por perto e aquelas porcarias de abrigo não protegem ninguém, entretanto, por alguma explicação, talvez até arquitetônica, sempre tem um poste de luz nas redondezas. Aquela sombra feita pelo poste parece como um oásis. São lugares muito valorizados e disputados, portanto não marque toca e não saia de sua vaga por qualquer motivo, cuidado com os alarmes falsos, os famosos e malditos ônibus que não param pra você. É a tal da historia de contar com o ovo na cloaca da galinha.

Em contrapartida a isso, existe a hipótese dos dias chuvosos. Nesses casos, o abrigo só tem uma função social, que é a pessoa subir no acento para fugir da chuva e também evitar que os carros aloprados joguem água/lama nele. É até engraçado ver isso, você passa e pensa “deveram!”. Mas sempre tem alguém que pensa “olha só, coitados, isso é um absurdo”. E em resposta você pensa tbm “hummm, quer mordomia? Vai morar na Suíça, viadinho!”. Enfim, ninguém gosta de pegar chuva, e de algum jeito arranjam uma forma de se proteger, mesmo que sejam as partes mais importantes do corpo, como a cabeça ou o lado da calça que ta o celular. E pra isso serve de tudo, abrigos, postes, muros, beiradas e até outras pessoas. Sempre se colocando de contra o vento, é claro. E lembrem-se, movimentem-se o mínimo possível, eu não sei direito porque, mas eu vi isso no Fantástico uma vez.

A ultima malemolência está relacionada à grana, ora, todo mundo que pega bonde precisa, pelo menos de 75 cents (65 pra quem mora em Ananindeua, firme né). Evitem contar suas moedinhas na parada, alem disso atrair a atenção de gatunos, atrai também ações importunas do destino, como uma moeda cair de sua mão e rolar pra vala, acontece. Isso é uma desgraça. Olhem só vocês, o espírito natalino nunca está presente nas paradas de bonde, repito, nunca! Então, se vocês não tiverem ou por algum infortúnio perderem o dinheiro, comecem a considerar a volta pra casa a pé (eu já voltei do rego barros pra casa andando [duas vezes]), porque ninguém na parada vai te emprestar essa grana, triste, mas infelizmente é assim.Enfim, esperar numa parada de ônibus é um ato social de um ser humano meramente transitório. Vocês não vão conhecer o amor de suas vidas lá, e nem arranjar um emprego (a não ser que vocês estejam querendo vender doces e/ou guloseimas).


Ta bom, esse texto não foi dos melhores, podem me criticar, mas comentem.

agosto 07, 2007

L.U.S.T. (12)

Depois de muito tempo parado(13 meses e 7 dias pra ser exato[e chato]) L.U.S.T. está devolta
mais Legal,
mais Urticante,
mais Sem noção,
mais Tebudo!
Continue agora com as desventuras de Davi em sua magnífica, maravilhosa e maldita jornada.

Anteriomente em L.U.S.T.:
Uma geral... Davi perdeu a bolsa do Proune, perdeu a mãe, perdeu a vergonha e foi trabalhar. Ele divide um quitenete com o Rodolfo, que fez ele perder a tal bolsa. Tá cheio de comtas pra pagar. Reencontrou a mulher amada pelo orkut, e também conheceu sua irmã gostosa. Mas ele fez merda com a mulher [em parte, literalmente].

Infrmomação adicional: dá pra fazer Napalm com gasolina, ração granulada pra gato e Tampico.

L.U.S.T.

Nicolas Dias


Capítulo 12

Dizem que ser fumante passivo é pior do que ser efetivamente fumante. Então, depois de quase um mês trabalhando na panificadora, eu resolvi começar a fumar em vez de ficar só respirando a fumaça dos cigarros do Fábio. O que é um peido pra quem já ta fudido?

Tenho certeza que meu pai fumava. Acho até que podem ter sido os cigarros dele que ajudaram a minha mãe adquirir aquele câncer-surpresa que a matou. Meu pai e meu avô fumavam. Então minha mãe é fumante passiva desde criança.

Meu pai fuma e minha mãe é que morre de câncer. Desgraçado.

Eu sempre tive vontade de fumar, mas eu queria pelo menos uma desculpa pra começar.

A verdade é que eu sempre fui acanhado demais. Sempre tinha que arranjar uma desculpa pra fazer o que eu mesmo queria. As pessoas geralmente usam a desculpa: “Ah! Todo mundo faz!”. “eu vou fumar, todo mundo fuma!”. Pra mim, essa desculpa não serve.

Para poder falar com a Katerine eu tinha que ir até a Unama. Mas eu precisava de uma desculpa pra ir até lá.

A minha desculpa pra ir lá é que eu vou pegar umas apostilas que eu mandei imprimir pra eu estudar pra um concurso público que talvez eu faça.

Na Unama os alunos têm direito de imprimir trinta folhas de graça. Só que como os meus colegas eram na sua maioria playboys e patricinhas, eles não usufruíam desse direito. O que eu fazia quanto a isso? Eu imprimia pra mim as folhas deles.

Na verdade eu tenho que ir lá por que eu preciso me desculpar com a Katerine o mais rápido possível. Mas dessa vez sem a “ajuda”, ou o estorvo, do álcool.

Eu tiro o maldito avental e o uniforme e apago o cigarro. Saio como se não tivesse nada pra fazer. É meio-dia, não é muita gente que compra pão a essa hora.

Eu pego um ônibus direto pra Unama. Ela vai sair da aula lá em alguns minutos. Eu viajo de graça como sempre. No começo eu ficava com um pouco de vergonha de fingir estar vendendo doces no ônibus, mas eu parei de me importar com os passageiros quando percebi que eles não se importavam comigo.

Eu imprimia e, algumas vezes, vendia as folhas pra eles como apostilas com o assunto das matérias das provas.

Pra isso eu só precisava saber as senhas deles. Pra poder usar a internet na lá só é preciso se cadastrar dando o número de matrícula. Aí eles dão uma senha pra os alunos poderem fazer login. Com isso já dá pra usar a internet e imprimir no nome do dono da matrícula.

Chegando lá eu vou pegar as apostilas na sala de informática. Por sorte eu não encontro ninguém que era da minha turma. De lá eu vou para o bloco F, da área de saúde, e do curso de Fonoaudiologia.

Na época que eu estava estudando, como a representante de turma era irresponsável demais pra ficar encarregada das cópias, era eu o responsável por tirar xérox das apostilas que os professores passavam pros meus colegas. Sempre tem um otário pra isso. Aí eu escaneava em casa as apostilas, no meu computador, que na época era novo, e mandava imprimir na conta dos meus colegas. Depois entregava pra eles, e ainda cobrava dez centavos por cada folha.

Hoje, eu só preciso pedir desculpas pra Katerine pelo modo como agi da última vez em que nos encontramos. A bebida me ajudou com minha timidez, mas me atrapalhou na hora de não pegar nos peitos dela e de não falar besteira.

Ela vai ter que me entender. Ela também já ficou porre antes.

Foi fácil conseguir o número de matrícula dos meus colegas pra imprimir. No início do semestre o nome de cada aluno fica escrito na porta das suas salas. Na porta da minha sala tinha o nome de todos os meus colegas. E logo depois do nome, o número de matrícula de cada um.

Eu só tive que me cadastrar usando a matricula deles. O cara que faz o cadastro nem presta atenção pra nossa cara mesmo. Ele fica ocupado demais falando com outras pessoas no MSN enquanto trabalha.

Com vinte cadastros diferentes dava pra imprimir seiscentas folhas por mês. Dava pra imprimir apostilas, revistas, livros.

Lá eu vou pro terceiro piso do prédio, onde ficam as salas do curso dela. Que era o meu curso.

No corredor do segundo andar, eu encontro sentada sozinha em um banco, da cabeça baixa, trajando um uniforme do Cesep, Melissa. A irmã inocente e gostosa da Katerine.

Me aproximando, dá pra perceber que ela está me olhando com a visão periférica. Como se soubesse que eu estava lá, mas não queria que eu soubesse que ela sabia ou não queria que eu estivesse lá.

Eu digo, oi, Melissa.

Ela responde fingindo estar surpresa, e fala o meu nome em forma de pergunta pra confirmar se está certo. Eu digo que está.

- Me chama de Mel.

Tudo bem, docinho – Ainda bem que eu não disse isso.

Ela diz que as amigas dela a chamam assim. Ela quer dizer que eu sou como uma amiga pra ela? Bom, ela me disse que era lésbica, eu acho que não faz diferença pra ela. Ou faz?

- Então ta, Mel... O que você está fazendo por aqui?

Ela faz “hum”, como se estivesse dando um tempo pra dar uma boa resposta, e diz, “Eu estou esperando a minha irmã pra gente ir embora juntas”.

Ela está falando de forma diferente da qual falou no aniversário, isso me faz ficar em dúvida se ela tomou alguma bebida alcoólica naquele dia. Não, não. Ela parece criança demais pra beber.

- E vocês vão de ônibus?

- De carro.

Seria muita cara-de-pau minha pedir carona do jeito que a Katerine ta mordida comigo.

Eu me sento do lado dela.

Só pra não ficar calado, eu pergunto há quanto tempo ela está esperando.

- Uns quinze minutos desde que eu saí do colégio. O que tu veio fazer por aqui?

Não sei por que, mas não quero dizer que eu vim falar com a Katerine.

- Só vim dar uma volta ver o pessoal das antigas.

Nessa hora passa um colega meu e eu cumprimento ele com um “e aí!”. E ele me olha com o rabo do olho como se tivesse querendo chutar o olho do meu rabo.

Eu prefiro abaixar a cabeça do que ter a possibilidade de ter o rabo chutado.

- Você é popular, hein! – ela diz sorrindo.

Vendo que eu não tinha envergadura para puxar nem um assunto, Melissa pergunta por que eu parei de estudar.

Apesar de ser diferente da Katerine, Melissa também parece ser um pouco patricinha. Se eu disser que parei por que nunca tive dinheiro pra pagar a universidade, já vai haver uma pequena rejeição a mim da parte dela, que pode facilitar outras rejeições futuras.

- Minha mãe morreu – eu digo.

Ela me olha com cara de “ahhh! Tadinho!”.

- Desculpa eu ter perguntado – ela puxa minha cabeça e abraça junto do pescoço dela, como se tivesse pedindo pra eu chorar no seu ombro ou tentando esconder que estava quase chorando, ou até mesmo, escondendo o rosto pra fingir estar triste.

Eu digo que não tem problema.

Ela diz que acha bonitinho eu dar um tempo nos estudos em luto pela minha mãe. Se ela soubesse que eu não parei por um tempo e que não foi por que estou de luto, mas sim por que ela me mandava dinheiro pra morar sozinho enquanto eu estudava de graça, ela não teria essa reação. Então é melhor que ela não saiba.

- Você mora com o seu pai? – ela pergunta.

- Não. Ele já não morava com agente há alguns anos.

- Nossa! Que barra, hein! – esse maldito linguajar de “Malhação”.

Eu digo que não tem problema, que se eu estivesse morando com ele eu certamente estaria com algum problema no pulmão como provavelmente a minha mãe teve.

- Mas está tudo bem – eu continuo – agora eu estou dividindo o meu apartamento com um colega meu que foi expulso de casa.

Isso me faz parecer um santo.

- Poxa! Você é bem legal, hein, Davi!

- Ahh! Que é isso?... – falsa modéstia por uma coisa que eu fiz que nem é boa.

É melhor eu sair enquanto estou ganhando. E antes que a Katerine apareça. Se não ela pode estragar tudo.

E antes eu meus colegas, que eu dava cola, também saiam e queiram me espancar na frente da Katerine e da Melissa.

- Bem. Eu já tenho que ir.

- Já? – uhh! Ela queria que eu ficasse mais um pouco. Esse “já?” foi quase como quando acabam as entrevistas no Jô Soares. – foi bom falar contigo.

- É? Então agente se fala de novo.

- Então bora marcar pra sair.

Opa! É assim agora?

Eu digo que ta bem. Ela me dá o telefone dela.

Agora a pergunta que não quer calar. Se eu fizer agora a pergunta ela vai perceber que rolaria alguma coisa entra nós dois. Então se eu perguntar agora e ela responder o que eu quero ouvir e com bom humor, quer dizer que ela está afim de alguma coisa.

- Vem cá. Você é mesmo lésbica?

Ela dá um sorriso com a cabeça meio baixa, olha pra mim e diz que não.

Beleza!

- Te ligo amanhã, então! - eu digo.

Eu me despeço da Melissa e desço pra ir embora.

Quando estou quase na porta, para minha surpresa, aparecem os meus colegas que queriam arrancar minhas bolas por causa do zero que eles tiraram.

Por causa daquele zero, eles ficaram reprovados. E a matéria que eles ficaram era pré-requisito pra matéria que eles deveriam estar vendo nesse momento. Como eles não passaram, não podem fazer essa matéria. Por isso eles saíram mais cedo.

Um deles me segura pela parte de trás de pescoço e aperta. Outro põe a mão no meu ombro e empurra pra baixo.

- Ê, rapah! Temos um assunto pra terminar – ele diz.

- Tu sabe qual é a diferença entre o leão e o viado? – o outro diz fazendo aquela brincadeira de criança.

Eu respondo que o viado gosta de pegar no ombro do leão. (pra quem não sabe a pessoa se a pessoa responde “não”, quem põe a mão no ombro diz “é que o viado deixa o leão botar a mão no ombro dele”.)

Ele aperta o meu ombro enfiando os dedos debaixo da clavícula. Como se eu fosse a porta de um Fiat Palio.

- OUTCH!!!(como se alguém desse um grito de dor assim)

Os caras estão me segurando igual os garotos fazem no colégio. E assim como no colégio, o segurança aparece (mas no colégio quem aparece é o porteiro ou o cara da cantina).

Ele primeiro fala pra gente parar de fazer o que está fazendo e depois pergunta o que a gente tava fazendo. Se a coisa fosse mais séria ele primeiro atiraria e depois perguntaria.

Os caras ficam todos agoniados e respondem educadamente. Obviamente tentando evitar ao máximo qual quer contato com o segurança.

Com certeza ele percebeu essa reação estranha deles.

Desde antes de eu sair, havia boatos de que acontecia de tudo nos banheiros e nos corredores da daqui, desde pedofilia e rituais macabros até recitais de poesia e comercio de drogas.

Ele fica desconfiado e pergunta de novo o que agente tava fazendo, como se eu quisesse estar no meio daqueles caras.

Playboys universitários, geralmente, não usam mochilas. A menos que queiram esconder alguma coisa ou guardar a maquiagem, o que não acontece muito.

- Posso dar uma olhada na sua mochila? – o segurança pergunta pra um dos meus colegas.

O cara sabe que se não deixar o segurança ver a mochila ele vai ficar mais desconfiado ainda. Ele fica sem reação, mas deixa o segurança olhar.

Nessa hora, na outra entrada, pra qual o segurança ta de costas, o Rodolfo aparece. Vendo aquela situação empiriquitante, ele, com os olhos arregalados, passa a mão na testa e depois no cabelo, e faz os mesmos movimentos labiais que os jogadores de vôlei do Brasil fazem quando erram alguma bola.

O segurança pega a mochila do meu colega, abre e tira de lá um saco cheio de ecstasy.

Nessa hora, Rodolfo, que também estava com uma mochila, diz só com o movimento dos lábios, “Merda!”, e vai embora disfarçadamente.

Infelizmente eu também estava de mochila, onde eu levo os doces.

Um segurança não é exatamente um policial, mas ele pode chamar a polícia. Ele, com um saco de ecstasy na mão, aponta pra todos nós e diz:

- Vocês vão todos pra delegacia!



Continua...

se gostou comente. se não gostou, tambem.
dá um incentivo.

fevereiro 23, 2007

A vingança do Shaolin

segundo trailer do primeiro filme que pode ser o unico filme!

comentarios seriam uma boua...

fevereiro 02, 2007

A vingança do Shaolin

janeiro 18, 2007

mulheres, tudo que vc sempre quis saber, mas nunca teve coragem de perguntar

De muitas criaturas misteriosas que habitam nosso planeta, a mais incompreensível do ponto de vista masculino ainda é a mulher. Séculos após sua criação, que de acordo com algumas teorias descende diretamente da costela de Adão, as fêmeas continuam intrigando o sexo oposto com atitudes e reações que permanecem indecifráveis. Com isso em mente, investigamos alguns comportamentos tipicamente femininos e analisamos todos os seus pormenores, tentando falivelmente compreender seus significados e utilidades.

1 - Relação sutiã x calcinha
É comum observar em lojas de departamento que as mulheres têm o costume de adquirir em uma mesma compra dois sutiãs e cinco ou seis calcinhas. Tal relação numérica permanece obscura diante da capacidade masculina de entender tais conceitos. Usariam as garotas um mesmo sutiã por quatro ou cinco dias seguidos sem lavá-lo?
Especulação: As garotas têm consciência de que na hora do “vamô vê” nenhum cara perde muito tempo reparando na parte de cima de sua lingerie, e por isso economizam uma grana na hora da compra (para gastar esse extra em sapatos).
Realidade: Não é sempre que as garotas precisam usar sutiã. Existem blusas que não exigem a peça, portanto elas não sentem a necessidade de possuir tantos. Por outro lado, a calcinha segue como parte indispensável do vestuário feminino.

2 - Idas em dupla ao banheiro
Analisando friamente casais amigos durante uma festa, na escola ou em qualquer outro lugar, é perceptível o fato de que as moças costumam convidar umas as outras para irem juntas ao banheiro. Mas na real o que elas fazem juntas dentro do W.C.?
Especulação: Acreditamos que provavelmente existe uma mesa de pingue-pongue dentro do banheiro feminino, o que obviamente implica no fato de que as mulheres carregam em suas bolsas raquetes de madeira.
Realidade: As garotas acham que o banheiro é um lugar muito solitário e apreciam a companhia das amigas, pois o local é ideal para comentários ácidos sobre a noitada, os rapazes e as roupas das outras moças do recinto. Além disso, ao irem juntas ao banheiro elas acreditam não estar perdendo nenhum segundo da balada.

3 - Mistérios da menstruação
Enquanto algumas mulheres parecem nunca menstruar, outras possuem o hábito de permanecer de TPM durante 25 dias do mês. Mas afinal de contas, o que acontece com os hormônios dessas garotas durante esse intrigante período de suas vidas?
Especulação: Provavelmente as mulheres não sentem absolutamente nada nesta época, mas como para elas o fato dos homens não mestruarem é injusto, o estresse e as reclamações acabam sendo utilizados como retaliação.
Realidade: De acordo com nove entre cada dez mulheres, a TPM potencializa sentimentos como a tristeza e a raiva, deixando-as desconfortáveis e extremamente nervosas. Mas pontuar uma razão para tal comportamento não foi possível até hoje (e, cá entre nós, acabaria com a graça da coisa).
4 - Depilação
Ainda é difícil de acreditar que as mulheres se sujeitem a verdadeiras sessões de tortura que consistem na depilação. Seja com cera quente, cera fria ou gilete, é complicado para o homem entender como alguém consegue periodicamente participar desse tipo de ritual (apesar de todos apreciarem os resultados!).
Especulação: Naturalmente as garotas acham que são mais inteligentes que os rapazes (o que nem sempre é mentira), mas elas precisam encontrar uma maneira de provar que além disso são mais fortes do que eles. Daí a depilação.
Realidade: Elas se sujeitam a isso porque acham que pêlo é nojento. E só.
5 - Cuidados com os cabelos
Um rapaz moderno não precisa de mais do que um frasco de shampoo para tirar a sujeira do cabelo. Porém, para grande parte das mulheres, o box acaba virando uma espécie de depósito de marcas e patentes de shampoos, condicionadores e produtos relacionados. Mas pra quê elas precisam de tantos tipos se, no final das contas, cabelo é tudo igual?
Especulação: As mulheres precisam agregar tarefas para, na hora do banho, perderem mais tempo e irritarem seus parceiros que, pacientemente, as aguardam na sala com a família dela.
Realidade: Elas acreditam que cada shampoo possui uma função indispensável: dar volume, reduzir o volume, definir cachos, hidratar, dar brilho, tirar resíduos...e coisas desse tipo.
6 - Fascínio por sapatos
Seguindo o mesmo raciocínio utilizado no caso dos shampoos, grande parte das garotas desenvolve uma relação íntima com calçados em geral. Sapatos, sapatilhas, sandálias, chinelos...não importa. Elas são fascinadas por esse tipo de peça e quando podem gastam verdadeiras fortunas adquirindo novos modelos (que aos olhos masculinos parecem desconfortáveis ao extremo). Porque?
Especulação: É...bem...talvez elas...quem sabe...não sei.
Realidade: Para as mulheres sapato é tudo. Elas acreditam que cada calçado foi projetado para uma ocasião e só deve ser utilizado com um tipo específico de roupa. Por isso a quantidade abusiva no armário de casa.

7 - medo de baratas
Mais do que um clássico feminino, o medo de baratas ultrapassa gerações e persiste como um dos grandes males relacionado às mulheres. E a grande questão permanece: como é possível temer uma criatura minúscula que não possue veneno, ferrão, espinho ou mandíbula afiada?
Especulação: As baratas produzem um tipo de zumbido que não é detectado pelo sistema auditivo masculino, o que aflige as mulheres (e os baitolas tbm, diga-se de passagem) e as impossibilita de atuar contra tais criaturinhas.
Realidade: As mulheres não temem as baratas, mas tem muito nojo delas. E o fato de tais insetos se movimentarem com rapidez só colabora para o aumento de tanta admiração.